A nova diretoria da Associação Nacional dos Produtores de Vinho de Inverno (Anprovin) já está trabalhando. Os novos gestores de um dos colegiados mais importantes da vitivinicultura brasileira têm, agora, a missão de levar adiante o projeto que vem sendo cuidadosamente aplicado desde a criação da associação, em 2016. Além dos planos para o futuro, no curto, médio e longo prazo, os diretores vêm tocando a transição com a gestão anterior.

 

O novo presidente, o empresário e produtor Claudio Góes, exaltou o trabalho feito até aqui, elogiou o papel de cada um dos diretores anteriores e lembrou que assumiu, ao lado de seus parceiros do Vinho, um grande desafio.

 

“É notório que a Anprovin está escrevendo um capítulo à parte na história vinícola do Brasil. Não me refiro apenas à parte técnica, com inovações e práticas de campo. Mas também às relações interpessoais que ela proporciona. A associação terá muito a contribuir na representatividade do setor em nível nacional”, avaliou o novo gestor.

“Evidente que temos a inicial “lição de casa” que é a de colocar nosso vinho na taça do consumidor, e para isso nós nos comprometemos a trabalhar bastante! Tenho certeza que com a colaboração e apoio dos associados, nós alcançaremos os objetivos”, completou o presidente.

 

Os Vinhos de Inverno têm conquistado o paladar do consumidor e ganhado cada vez mais prestígio nacional e internacional.

 

Os sucessivos prêmios de seus associados, a expansão da área de cultivo e o aprimoramento das técnicas de produção compõem um cenário revolucionário, que transformou o segmento num grande gerador de oportunidades na viticultura brasileira.

Claudio Góes sucede a Murillo de Albuquerque Regina, considerado o “pai” da dupla poda no Brasil, a técnica que viabiliza a produção dos Vinhos de Inverno. O produtor e pesquisador Murillo de Albuquerque Regina ficou oito anos à frente da associação, em quatro mandatos ininterruptos.

A Assembleia Geral Ordinária que definiu a nova composição da diretoria foi realizada no último dia 20 de fevereiro, nas dependências da Vinícola Amana, em Espírito Santo do Pinhal (SP).

 

Saudação

 

Em entrevista ao site da Anprovin, o novo presidente fez uma saudação aos associados e deixou uma mensagem de otimismo para os próximos passos da associação e do segmento do Vinho de Inverno.

“Muito feliz por ter sido lembrado para seguir com essa etapa da Anprovin, depois da nova técnica desenvolvida pelo Murillo, que permitiu uma grande revitalização da viticultura brasileira. Esse cenário, associado ao desafio pessoal desse momento, vem ao encontro daquilo que eu sempre imaginei, que é fortalecer o nosso segmento”, afirmou Claudio.

“O Brasil, com sua dimensão continental, tem potencial para que mais regiões possam também chegar à prateleira de cima dos vinhos de qualidade”, complementou o novo presidente, citando como exemplo o Rio Grande do Sul, que segue como protagonista do setor, mesmo com todas as dificuldades impostas pelo cultivo das uvas de origem europeia num território de clima tropical.

 

A dupla poda, lembrou Claudio Góes, veio garantir novos horizontes ao mundo do vinho brasileiro, fortalecendo o setor e dando a sua parcela de contribuição para o segmento.

 

Na entrevista, o novo presidente destacou que projeta para a sua gestão 2024-2025, ao lado de seus pares e colaboradores, a consolidação da cadeia vitivinícola como um todo. Neste sentido, observa que tem uma preocupação particular com a governança para que a associação possa ser um indutor e difusor de investimentos em todo o Brasil. “Acredito que nosso papel é ajudar na consolidação da cadeia vitícola de forma descentralizada, e com isso criando corpo, representatividade e organização”, acrescentou o gestor.

Segundo ele, além da natural tarefa inerente ao seu cargo, há um horizonte que se abre como grande desafio para a associação, que é a questão comercial e mercadológica. Claudio Góes salienta que trabalhar pela ampliação do mercado dos Vinhos de Inverno é vital num setor de grande competitividade. O novo gestor reforça que há, ainda, um caminho a ser percorrido para que o consumidor conheça e compreenda as virtudes e a personalidade do segmento, que está forte, mas pode ser aprimorado.

Há temas vitais, também, a serem trabalhados como a questão tributária, a legalidade dos vinhos importados e o contrabando, entre outros. “São assuntos que estão na agenda, pois eles são essenciais para defender o nosso setor”, pontuou.

 

“Obviamente, que todos esses esforços visam a, também, aumentar o consumo do vinho no Brasil, que ainda é muito pequeno”, finalizou Claudio Góes.

 

Na próxima quarta-feira, dia 20 de março, as duas diretorias (anterior e atual)  se encontrarão em Brasília para uma reunião de transição de trabalhos. Ela ocorrerá na Pousada e Vinícola Villa Triacca, de propriedade do novo diretor de Assuntos Institucionais, Ronaldo Triacca. Na oportunidade, haverá a posse oficial do novo colegiado.

 

Claudio Goes é diretor da Vinícola Goes, de São Roque – Foto: Divulgação

Veja a composição do novo colegiado:

Presidente: Claudio Góes (Vinícola Góes)

Diretor Administrativo: Eduardo Junqueira (Vinícola Maria Maria)

Diretora Técnica: Aline Rosa, engenheira agrônoma e doutora em Viticultura (Vinícola Estrada Real)

Diretor de Marketing: Valério Marega (Vinícola Arpuro)

Diretor Financeiro: Ricardo Baldo (Vinícola Terras Altas)

Diretor de Relações Institucionais: Ronaldo Triaca (Vinícola Villa Triaca)

 

Murillo de Albuquerque Regina, figura-chave dos Vinhos de Inverno no Brasil – Foto: Divulgação

 

Veja quem integrava a diretoria anterior:

Diretor Presidente
Murillo de Albuquerque Regina

Diretor Administrativo
Eduardo Junqueira Nogueira Júnior

Diretora Técnica
Isabela Peregrino

Diretor de Marketing
Marco Antonio Carbonari

Diretor Secretário
Marcelo Motta

Diretor Tesoureiro
Guilherme Bernardes Filho

Diretor de Relações Institucionais
Alessandro José Rios de Carvalho

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