A Associação Nacional de Produtores de Vinho de Inverno (Anprovin) está trabalhando neste segundo semestre de 2022 num amplo trabalho de autenticação, certificação e qualificação de seus associados. Trata-se de um minucioso levantamento de informações essenciais que embasam a produção com base na técnica da dupla poda e que habilitam a vinícola a ser reconhecida, oficialmente, como produtora de Vinhos de Inverno.
O associado à Anprovin é um produtor que tem o direito a usar a Marca Coletiva Vinhos de Inverno, uma vez que preenche os requisitos necessários estabelecidos pelo estatuto, em consonância com as técnicas de plantio, manutenção e colheita de sua produção.
O trabalho que a Anprovin está realizando no momento é a primeira etapa de um minucioso processo de autenticidade.
A primeira fase consiste na autenticação do vinhedo. Ela está sendo executada pelo gerente executivo da Anprovin, Matheus Cassimiro. O profissional, que é engenheiro agrônomo de formação, está visitando as propriedades para conferir a demarcação dos parreirais. Com o auxílio de um GPS (Sistema de Posicionamento Global), ele está coletando dados essenciais como altitude, latitude e longitude. É o chamado georreferenciamento da área. Todas as quadras onde o associado produz as uvas são medidas e conferidas. Uma estimativa de produção também é feita.
“Em resumo, verifico se o produtor cumpre todos os requisitos estipulados no regulamento de uso da Marca Coletiva Vinhos de Inverno”, afirma o gerente executivo da Anprovin. Ele cita como exemplo duas situaçõess que não podem ser ignoradas: o produtor não pode cobrir os parreirais com plástico e deve utilizar o sistema de espaldeira nas videiras. “É preciso ainda que ele cumpra os requisitos de geolocalização, que é estar em uma altitude mínima de 600m”, explica Cassimiro.
As demais etapas do trabalho
Após essa etapa inicial, com a visita à propriedade (Matheus já visitou várias vinícolas, entre elas a Casa Moura, Arpuro, Areia Branca e Micheletto), a Anprovin vai se debruçar na certificação dos vinhos. “Nós iremos recolher seis amostras de garrafas de 750ml de cada rótulo que vai receber o selo de Vinho de Inverno”, revela o gerente executivo. Duas dessas garrafas, continua ele, vão passar pelo processo de certificação analítica. Duas outras garrafas vão passar pela análise sensorial com uma banca de sete representantes da vitivinicultura nacional. E as outras duas amostras vão ficar de registro junto à associação.
“Após essas duas etapas, a certificação de parâmetros analíticos e a certificação de parâmetros sensoriais, aí sim nós vamos enviar o selo de Vinho de Inverno ao produtor. Esse selo será colocado no canto superior direito da garrafa, no processo de envazamento do rótulo”, finaliza Matheus Cassimiro.
Mais informações e dúvidas podem ser esclarecidas junto à área de atendimento da Anprovin, por meio do WhatsApp (35) 9715-1776