Um dos grandes projetos em desenvolvimento no País voltados à qualificação da vitivinicultura brasileira vem sendo conduzido pela Associação Nacional dos Produtores de Vinho de Inverno (Anprovin), com apoio e fomento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Trata-se do maior e mais completo laboratório de certificação do vinho brasileiro, que será construído no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado na BR 251, Km 5, PAD-DF, Brasília, Distrito Federal.

O parque abrigou recentemente a Expovitis Brasil 2024 – Feira Nacional de Viticultura, Enologia e Enoturismo e o 3º Festival Anprovin de Vinhos de Inverno, eventos realizados em julho último com grande sucesso e adesão.

A área total do parque é estimada em 500 mil metros quadrados. É dentro deste complexo, pertencente à Coopa-DF, que será erguido o laboratório.

 

O projeto está em fase final de documentação.

 

O investimento total é de R$ 2 milhões, resultado de verba não-reembolsável e dedicada integralmente a pesquisa e desenvolvimento. Os recursos foram anunciados na Expovitis Brasil 2024 pelo presidente da ABDI, Ricardo Capelli.

A ABDI é um Serviço Social Autônomo dedicado a promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as que contribuam para a geração de empregos no Brasil, em consonância com as políticas de comércio exterior e de ciência e tecnologia. É neste sentido que a direção da Anprovin levou à agência o projeto do laboratório.

 

O apoio da ABDI

O diretor de Relações Institucionais da Anprovin, Ronaldo Triacca, explica que o laboratório vai representar não só o Vinho de Inverno, mas toda a produção brasileira. “Buscamos a ABDI para apoiar a construção de um laboratório que está fazendo falta não só aos nossos associados, mas aos produtores como um todo”, recorda o diretor.

 

“É um projeto com enorme significado e com grande impacto social e econômico”, reforça Ronaldo Triacca.

 

O laboratório fará análise minuciosa do vinho, com uma radiografia físico-química da amostra. Essa avaliação certificada é um dos principais quesitos de qualidade, autenticidade e acurácia do produto, oferecendo aos produtores informações preciosas para o desenvolvimento do melhor vinho possível.

“É um laboratório de alto nível tecnológico, um dos mais tecnificados do País”, complementa Ronaldo Triacca. Na ocasião do anúncio, Ricardo Capelli lembrou que o único laboratório que certifica a qualidade do vinho brasileiro fica no Sul do País, o que impacta em questões logísticas e financeiras.

 

Palavra do presidente

Para o presidente da Anprovin, Claudio Góes, o momento singular pelo qual passa o segmento do Vinho de Inverno reforça que o setor veio se somar ao mercado do vinho brasileiro, que está cada vez mais qualificado.  “Nós estamos mostrando a força da vitivinicultura nacional e a diversidade dos nossos terroirs”, aponta Claudio.

 

Legado e história

O diretor Ronaldo Triacca faz questão de lembrar que a grande notícia do futuro laboratório de certificação do vinho se junta a outras conquistas recentes, um trabalho que foi iniciado pelo então presidente da Anprovin, Murillo de Albuquerque Regina. “A Anprovin foi uma ideia genial pilotada por ele. Estamos dando sequência a este belíssimo trabalho iniciado pelo Murillo e pelos demais diretores”, frisa Ronaldo.

Mas ele salienta que ainda há muito a ser feito. “Temos muita coisa para fazer. Há muito que se trabalhar, incluindo intensificar o marketing, para que o consumidor aproveite e compreenda a nossa produção dos Vinhos de Inverno”, pontua.

 

Previsão de inauguração

Ronaldo Triacca afirma que a meta é inaugurar o novo laboratório antes da Expovitis de 2025, que acontecerá entre os dias 4 e 6 de julho em Brasília. O diretor estima que 90% da demanda de análises deverão ser solicitadas por produtores de Vinhos de Inverno. Sobre o investimento, calcula que 70% dos R$ 2 milhões deverão ser canalizados para a aquisição de equipamentos e os restantes 30%, para a obra física.

Ronaldo acredita que parte da safre de 2024 de vinhos tintos e a safra de 2025 já estarão nos contrarrótulos das garrafas com a análise físico-química rastreada pelo novo e moderno laboratório.

Regiões produtoras

Hoje, o Vinho de Inverno é produzido em oito regiões brasileiras (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Ao todo, são mais de 50 vinícolas associadas à Anprovin.

 

O laboratório ocupará uma área do parque do DF situada ao lado de espaços experimentais dedicados às vitis viníferas.

 

“É um somatório onde todos nós vamos sair ganhando”, acrescenta Ronaldo Triacca.  O complexo fica a 1h do Aeroporto Internacional de Brasília.

O diretor de marketing Valério Marega Jr complementa que essa conquista consolida o caminho dos Vinhos de Inverno para a sua total entrada no ambiente 4.0. “Teremos vinhos analisados de forma responsável e criteriosa”, resume. O laboratório reunirá equipamentos como o Winescan, Cromatrófago e Oescan, entre outros.

 

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